Vendo todas essas reportagens falando a respeito da qualidade do ar, qualidade ambiental, vem a questão, por que os municípios do Rio Grande do Sul não dão a devida importância ao monitoramento atmosférico? Será que as metodologias são muito custosas aos municípios? São inviáveis os levamentos?
Há dois anos atrás, ao observar na cidade de Sant'Ana do Livramento, onde resido, uma diminuição na quantidade de líquens (organismos indicadores de poluição atmosférica), comecei a me perguntar por que esses seres estavam se manifestando daquela maneira, se eram tão abundantes em nossa região. Comecei então a analisar as possíveis razões do problema, dentre elas foram que o número de veículos na cidade vem crescendo constantemente, que a frota de ônibus ainda utiliza diesel, que no inverno o uso de lareiras e fogões a lenha é bem intenso enfim. Busquei então algum levantamento anterior para poder analisar alguns dados e percebi que nada havia sido realizado até o momento.
Depois de várias pesquisas, constatei que em nosso estado não é tratado como prioridade o monitoramento da qualidade do ar, pois mesmo com métodos eficazes que não envolveriam altos custos ao municípios, não são realizados levantamentos periódicos como forma de medida preventiva de poluição, nem mesmo para que se necessário tome-se medidas corretivas no tempo adequado.
O Rio Grande do Sul possui 497 municípios e 11 destes contam com estações de monitoramento na qualidade do ar .Ou seja, 2% tem meios automático de realização deste monitoramento e 97% depende de outros meios para obtenção de dados. Os municípios ainda podem pode solicitar a unidade móvel da FEPAM, ou por outro lado, solicitar a um especialista uma análise dos líquens da região, metodologia esta, utilizada desde meados dos anos 60.
Sendo assim, apenas necessita-se de mais projetos e solicitações de levantamentos, é necessário que cada município, tome providências antes que seja tarde.
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