domingo, 27 de agosto de 2017

Aulas práticas sobre o ar/ PARTE 2.

   4- O ar e a combustão

Materiais: 

  • 2 velas
  • 2 potes de vidros- um maior e outro menor (ambos devem ser maiores que a vela)
  • 2 pratos
  • fogo pra acender as velas
Procedimento:
      Fixe as velas nos prato, em seguida ligue as velas e cubra-as com os potes de vidro ao mesmo tempo.
      Peça aos alunos que anotem possíveis hipóteses para o acontecimento. Antes de explicar, peça-os que partilhem ao grande grupo suas ideias.

Conclusão:
        Para que o fogo se mantenha aceso é necessário a presença de ar. Na medida que o ar vai diminuindo devido a sua queima a vela vai apagando. Como o pote maior possuía uma quantidade maior de oxigênio, a vela ficou mais tempo acesa.

   5- Pressão atmosférica

Materiais:
  • Um prato fundo
  • Uma vela
  • Água
  • Corante (este item é opcional, mas facilita na visualização do efeito)
  • Fósforo ou isqueiro
  • Recipiente de vidro (preferencialmente uma garrafa)
Procedimento:

       Fixe a vela no centro do prato e deposite a água com corante no fundo do prato. Depois, acenda a vela e coloque a garrafa de vidro com a boca pra baixo, deixando a vela dentro do recipiente. Observe.

Conclusão:
      
    Quando acendemos a vela o recipiente fica preenchido de ar quente, o que significa que a pressão dos gases aumenta. Conforme a água vai subindo e a chama enfraquecendo, a pressão dos gases dentro da garrafa diminui e a pressão atmosférica (pressão externa) faz com que a água suba ainda mais.


  6- Fumaça na garrafa

Materiais:
  • Garrafa pet
  • Álcool (uma medida da tampa)
  • Rolha do tamanho da tampa da garrafa pet
  • Inflador
Procedimento:

       Coloque o álcool na garrafa pet (uma medida da tampa do recipiente) tampe com a rolha e mexa bastante. Coloque a ponta do inflador perfurando a rolha de forma que o ar chegue dentro da garrafa. Infle até a garrafa ficar bem cheia. Retire a rolha e observe.

Conclusão:
      O volume de um certo gás diminui (compressão) ou aumenta (expansão) devido apenas à mudança no valor da pressão. 
      Quando se retira a rolha da garrafa ocorre um expansão (considerada adiabática), pois é tão rápida que quase não existe troca de calor com o ambiente. Então, a temperatura interna diminui e o vapor de água e do álcool se condensa e forma uma fumaça. 

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

E falando sobre o ar...

      Você que ministra aulas de ciências/ biologia, aplica com seus alunos aulas práticas?
      Isso torna o ensino mais interessante, e desperta neles o desejo do saber, o interesse em aprender.      
   Hoje, fala-se tanto em consciência ecológica e preservação, mas, para que isso aconteça precisamos ter conhecimento sobre os recursos naturais que nos cercam, assim como na proposta da campanha da fraternidade 2016 e 2017 "Conhecer para preservar".
      E aí vai algumas aulas práticas sobre o ar. Confira!

      1- O ar ocupa espaço

Materiais: 

  • 1 copo seco
  • Um lenço de papel
  • Uma bacia com água
Procedimento:
      Prenda o lenço de papel no fundo do copo seco. Logo após, mergulhe o copo de boca para baixo no recipiente com água.
      Mostre aos alunos que o lenço saiu seco.

Conclusão:
       Sabe-se que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Neste caso os dois corpos são a água e o ar. O fato de o ar estar ali ocupando espaço, não permitiu que a água tocasse o papel.

      2- O ar exerce pressão

Materiais:
  • 1 ovo cozido
  • 1 garrafa preferência de vidro, com espaço para apoiar o ovo sob o gargalo
  • Fogo (isqueiro ou fósforo)
  • Um pedaço grande de algodão
Procedimento:
      Coloque fogo no algodão, se necessário umedeça-o com álcool, jogue dentro da garrafa, no mesmo instante tampe a garrafa com o ovo cozido.
       Mostre aos alunos o que aconteceu.

Conclusão:
      Como o ar que estava dentro da garrafa esquentou, aumentando assim a pressão. Na medida o ar da garrafa "escapa" e o fogo apaga, a pressão interna diminui e a externa aumenta, empurrando então o ovo para dentro, pois a pressão dentro da garrafa torna-se menor que a pressão atmosférica.

      3- O ar poluído

Materiais:
  • Filtro de papel
  • Grampeador
  • Palito de churrasoco
  • Pequena lista dos lugares que serão avaliados
Procedimento:
      Fixe com o auxílio de um grampeador o filtro de papel em um palito de churrasco. Crave o palito no chão nas áreas a serem avaliadas (um filtro por área/bairro). Deixe por 1 dia. (Antes de realizar a atividade, não esqueça de conferir se o tempo irá ajudar, se não irá chover, etc). Recolha e observe as características dos materiais ali fixados, como cor, cheiro enfim. 
    Uma sugestão: No inverno deixe em ao menos um local onde haja chaminés para que os alunos notem as diferenças com os demais locais, concientizando-se desta forma sobre os impactos causados por essa atividade.

Conclusão:
      Faça com os alunos as considerações finais a respeito da qualidade do ar do entorno, e peça que confeccionem cartazes onde realizem de forma criativa uma campanha de proteção ao ar, utilizando desenhos e frases criados pelo grande grupo.

Observações- Não esqueça que para que a aula seja completa, você deve levar questões para introduzir em aula, não apenas para saber o conhecimento que eles já possuem, mas também para melhorar a participação do aluno em aula e instigar a busca por novas informações.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Qualidade do ar no Rio Grande do Sul

      O desgaste em nosso ecossistema vem aumentando de forma significativa devido as atividade antrópicas, boa parte destas atividade causa impacto diretamente na qualidade atmosférica de nosso meio. Em resposta a isto, alguns indivíduos alteram seu hábitos, ou mesmo são extintos de uma determinada zona, por não possuírem capacidade de adaptar-se a ambientes poluídos, os chamados bioindicadores ecológicos de poluição. Estes poluentes têm efeitos cumulativos no organismo ocasionando enfermidades, muitas delas no trato respiratório e estes organismos nos alertam de forma antecipada os problemas ambientais de nosso entorno. Segundo estudo da OECD (2012), as consequências na inação em relação à política ambiental no mundo terão consequências graves sobre a saúde da população no futuro. Estima-se que mais de 3,5 milhões de pessoas faleçam prematuramente em decorrência da concentração de material particulado na atmosfera (OECD, 2012).

           Vendo todas essas reportagens falando a respeito da qualidade do ar, qualidade ambiental, vem a questão, por que os municípios do Rio Grande do Sul não dão a devida importância ao monitoramento atmosférico? Será que as metodologias são muito custosas aos municípios? São inviáveis os levamentos?

      Há dois anos atrás, ao observar na cidade de Sant'Ana do Livramento, onde resido, uma diminuição na quantidade de líquens (organismos indicadores de poluição atmosférica), comecei a me perguntar por que esses seres estavam se manifestando daquela maneira, se eram tão abundantes em nossa região. Comecei então a analisar as possíveis razões do problema, dentre elas foram que o número de veículos na cidade vem crescendo constantemente, que a frota de ônibus ainda utiliza diesel, que no inverno o uso de lareiras e fogões a lenha é bem intenso enfim. Busquei então algum levantamento anterior para poder analisar alguns dados e percebi que nada havia sido realizado até o momento.
     
      Depois de várias pesquisas, constatei que em nosso estado não é tratado como prioridade o monitoramento da qualidade do ar, pois mesmo com métodos eficazes que não envolveriam altos custos ao municípios, não são realizados levantamentos periódicos como forma de medida preventiva de poluição, nem mesmo para que se necessário tome-se medidas corretivas no tempo adequado.
   
      O Rio Grande do Sul possui 497 municípios e  11 destes contam com estações de monitoramento na qualidade do ar  .Ou seja,  2% tem meios automático de realização deste monitoramento e 97% depende de outros meios para obtenção de dados. Os municípios ainda podem pode solicitar a unidade móvel da FEPAM, ou por outro lado, solicitar a um especialista uma análise dos líquens da região, metodologia esta, utilizada desde meados dos anos 60.
      
      Sendo assim, apenas necessita-se de mais projetos e solicitações de levantamentos, é necessário que cada município, tome providências antes que seja tarde.